quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

o "natal" comemora-se há pelo menos 7 mil anos antes de Cristo...

...faz algum sentido pra você?

êba! mais um natal!

Eu sei, todo ano tem. Mas este é diferente. Todo ano é diferente.
Meu presente é diferente.
A cueca ou a meia nova é diferente, assim como tudo o que é novo. É diferente.
Hoje (...) é dia de comemorarmos o nascimento do Deus persa Mitra, que representa a luz. Tempo de celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa no hemisfério norte (...) no final de dezembro... Dagora em diante o sol fica mais tempo no céu. É o renascimento do sol até o fim do verão. Isso é o que cultuavam os romanos. Já na Mesopotânia durava (a festa) doze dias (já pensou?). Bom, mas os gregos... ah! os gregos... cultuavam Dionísio o Deus do vinho e da gabiroba, piração, forrobodó, doidera doida, gandaia, balada e afins... Enquanto os egípcios brindavam a passagem do Deus Ossíris para o mundo dos mortos... Até em Stonehenge tinha uma piração da doida...!!! Bom, mas voltando a Mitra, a comemoração era no dia 20 ou 21 de dezembro dependendo do ano. Isso virou a Saturnália onde era comemorado o Deus Saturno, senhor das colheitas quem era festejado durante uma semana... mas no século 4 antes de Cristo, será que uma religião tão pequena como o Cristianismo podería se sobressair a essas crenças todas? Só o tempo podería dizer... aliás, vim aqui pra desejar feliz Natal (ou seja lá o que isso quer dizer... que seja...)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

DORIAN GRAY

ÀS VEZES PENSO NO QUE TENHO
TENTO PARA MIM
POUCO PARA O EGO

TENTO ME DIVERTIR COM O QUE TENHO
POUCO PARA MIM
TANTO PARA O EGO

SINTO A VIDA SE ESVAIR
SAIR SUMIR CONSUMIR

O QUE NÃO É BOM PRA MIM
NÃO É PARA O ESPELHO
QUE SE DISFARÇA EM MIM

SINTO A VIDA ME TRAIR
INDUZIR MENTIR INSURGIR

TRINDADE

Disseram que eu não tinha muito a perder e você achou que não levaria muito de mim. Mas muito de mim se foi quando você me levou pra si. Eu não tinha fronteiras nem eiras, nem árvores, nem livros, nem descendência. Mas era indecente e cria piamente que não poderia perder nada, pois nada tinha. Mas me enganei, tinha atributos humanos em comúm aos meus semelhantes; eu tinha ódio, orgulho, paixão, febre, tranquilidade, amigos, solidão, respeito, quietude e inquietudes. Fui perdendo isso aos poucos e, aos poucos fui vendo cada vez menos em mim a vontade de servir à vida como sempre servi. Hoje o amor que Ela sente por mim é o que me aproxima e me faz ainda querer conviver com a vida. Hoje sou uma trindade; hoje sou três. Quando quis matar Um, eu era apenas Um. Hoje sou um crente na Trindade. Ao mesmo tempo em que sou nada sou três e, se eu quiser me destruir não será só a mim. Será a Três e isso (eu sei) é impossível.

CRIANÇAS

Às vezes, quando olho ao meu redor vejo crianças. Cada uma com seu olhar infantil, cada uma com sua condição inocente. Muitas vezes quando olho ao meu redor vejo crianças, seus anseios infantis em seus olhos, seus olhares curiosos em seus rostos. A maioria das vezes que eu olho pra alguém, eu vejo crianças. Agora me lembro de quando eu era menor, do tempo em que as mesas eram gigantescas, as cadeiras inalcançáveis, de quando os adultos eram adultos e não crianças crescidas. Me lembro que os joelhos faziam parte do meu mundo visual assim como as cabeças do meu mundo irreal. A atitude inalcançável dos seus cabelos multiplicada pela minha falta de altura resultava em um desalinho secular, talvés milenar, já não lembro mais. Chegava a sonhar com a diminuta situação do meu corpo no espaço, comparando-o à grande roda da fortuna que sempre importuna, atormentava meu sonhar. Daquele jeito os achava adultos; grandes. Hoje não é mais assim. O mito da existência dos adultos desapareceu num monte de pêlos pubianos que um dia, pra minha surpresa, vieram a crescer. Eles me disseram: "sua criança tola, você não é mais você". Confesso que pouco entendia, mas alí via a diferença do que eu era e do que me tornava ser. Criança popular, criança universal, criança cultural, criança mundial, criança criada... Acontece que hoje olhei pra alguém e vi uma criança crescida. Alguém muito próximo a uma criança que lançou um olhar individual infantil e nela vi meus olhares mais infantis, nela refleti meus quereres mais neutrais, mais naturais, menos artesanais e desconfiei... Seremos nós, todas crianças imortais? Quando penso em mim vejo apenas um ser infantil vivendo um sonho primaveril, vejo o anti-adulto indulgente, vejo o adulto pedindo perdão ao infante (que fui e que ainda sou) e que vejo nas mesas ao redor, com seus olhares de perdão por não terem se tornado os adultos que sonharam um dia ser. Pois seus olhares os entregam, seus gestos os delatam, a maldade os maltrata e a verdade os confunde...

Sem título

As vozes do espetáculo: o senhor Giannetti morreu ao vivo. Transmite-se a carne verde da azeitona carnuda E as vozes da América e da O...